APFN - 9 de
Dezembro
Mexicanização da educação em
Portugal - Comunicado da APFN
A comunicação social divulgou esta
semana a vergonhosa situação da educação em Portugal, denunciada por
relatório da OCDE.
Esta vergonhosa situação tem vindo a
ser objecto de enorme preocupação da APFN - Associação Portuguesa de
Famílias Numerosas, tendo sido tratada na Conferência realizada em
Abril do ano passado e, sobre a qual, tem emitido inúmeros comunicados
apelando aos governantes e forças políticas para se por termo a isto.
Já em 1995, a OCDE tinha apresentado
Portugal como um dos piores países neste domínio.
Infelizmente, o governo tem vindo, à
boa maneira mexicana, limitado a puxar o "sombrero" para cima
dos olhos dos portugueses, dizendo "Hombre! Tranquilo!",
"No passa nada", "No se preocupe!", e, como tal,
apenas somos melhores que o México!
Pelo contrário, a França, que também
se encontrava, em 1995, numa posição desastrosa, reagiu e, desta vez,
já se apresenta bem melhor (em apenas 5 anos...).
A situação da educação em Portugal,
resultado directo da total irresponsabilidade que impera há dezenas de
anos no edifício da 5 de Outubro a que se dá o nome de Ministério da
Educação e que não passa de uma gigantesca máquina que tem
transformado em carne picada todos os desgraçados que tiveram a
infelicidade de serem nomeados seus ministros, à custa do consumo de
imensos recursos nacionais, obriga a um verdadeiro plano de emergência,
que deverá passar por:
1 - Instauração de processos de
averiguações aos diversos gabinetes responsáveis pela política de
educação, processos esses que, certamente, conduzirão, no mínimo, a
processos disciplinares por incompetência e gestão danosa.
2 - Criação de exames nacionais de
aferição nos 4º, 6º, 9º e 11º anos, para além do já existente no
12º ano.
3 - Aumento do coeficiente do exame do
12º ano (e dos novos exames) para o mínimo de 75%.
4 - Implementação imediata do
cheque-educação, no valor do custo por aluno do ensino público, dando
a possibilidade a que estes possam, de facto, escolher a escola mais
adequada para os seus filhos, conforme estipulado há mais de 25 anos na
Constituição da República Portuguesa.
5 - Suspensão imediata da prevista
reforma do ensino secundário.
6 - Proibição de alterações aos
actuais manuais escolares por um período nunca inferior a 10 anos e
lançamento de concurso internacional para a sua reimpressão durante
este período, acabando de vez com a vergonhosa negociata neste sector
alimentado à custa dos pais.
7 - Permanente divulgação pública
das listas comparativas entre resultados nos exames nacionais e na
super-inflaccionada "avaliação contínua", agora alargada
aos 4º, 6º, 9º e 11º anos.
8 - Profundo empenhamento na criação
de cursos médios profissionalizantes, a partir do 7º ano de
escolaridade, acabando de vez de "travestir" em cursos
superiores formação média de que o país tanto carece.
A APFN não se opõe a que intitulados
pedagogos continuem a querer fazer "experiências educativas".
Apenas exige que tal seja feito à sua custa e com os seus filhos e
filhos de quantos os apoiam, e não à custa dos nossos e dos impostos
pagos por todos os portugueses.