Ecclesia - 21 Fev 03
Tempo para a família tem de ser "tempo de qualidade"
Octávio Carmo
Tempo para a família
tem de ser tempo de qualidade
O tempo para a família pede uma clara definição de prioridades e capacidade de
renunciar ao que não é fundamental.
O Pe. Vasco Pinto Magalhães, S.J., veio até à Paróquia do Alto do Lumiar, em
Lisboa, para proferi a conferência Família e emprego: gestão do tempo,
integrada no II Ciclo de conferências A Família cristã.
Abordando uma questão delicada, que marca a vida de inúmeras famílias, sobretudo
na cidade, o Pe. Pinto Magalhães destacou que para se ter tempo é preciso fazer
opções e definir prioridades, ser capaz de renunciar e disponibilizar-se para o
outro.
Segundo José Ribeiro, da organização do Ciclo, foi num ambiente sereno e com
lotação esgotada que as pessoas vieram confrontar-se com a necessidade de dar
qualidade ao tempo que passamos com os nossos, de modo a que um jantar de
família não se torne uma reunião de negócios, breve e utilitarista.
A conferência do Pe. Pinto Magalhães realçou a necessidade de se disponibilizar
para ouvir o outro e assumir que ele é uma liberdade diferente de mim.
Encontrar um equilíbrio entre o tempo que se passa no emprego, com ritmos e
espaços próprios, e a família implica, segundo o conferencista de dia 19 de
Fevereiro, dar a cada um o que precisa e não o mesmo a todos.
Ainda em relação à questão da renúncia, José Ribeiro conclui com uma imagem
curiosa.
Hoje vai-se ao Hipermercado buscar um saco de batatas e traz-se um par de
patins. As pessoas devem ter noção de tudo aquilo que não precisam para serem
felizes, explica.
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