É com grande alegria que a APFN comunica a adesão da Câmara de Évora à Tarifa Familiar da Água, juntando-se, assim, aos Municípios de Lisboa, Porto, Coimbra, Sintra, Portimão, Ribeira Grande Condeixa e Aveiro.Recorda-se que o Presidente da Câmara de Évora fez o anúncio no passado dia 14 de Maio, durante a conferência que se realizou nessa cidade integrada no Serão Nacional da Família, tendo, recentemente, sido aprovada e posta em prática. As famílias com três ou mais filhos deverão dirigir-se aos SMAS, a fim de obterem mais informação em como aderirem.
A APFN agradece ao Presidente da Câmara de Évora a sua sensibilidade para o problema e a rapidez com que deu andamento ao assunto.
Esta medida não permite as famílias numerosas terem a água mais barata, mas, tão só, poderem pagar a água ao mesmo preço que as famílias menos numerosas , uma vez que os escalões, com esta modalidade de tarifário, são em função do consumo per capita.
Mais pormenores sobre este tarifário, que está a ser promovido pela APFN junto das diversas autarquias, poderão ser consultados no Caderno 7 - Tarifa Familiar da Água para Consumo Doméstico, em http://www.apfn.com.pt/Cadernos/caderno 7a4.PDF.
A APFN espera que o exemplo de Évora, Aveiro, Lisboa, Porto, Coimbra, Sintra, Portimão, Ribeira Grande e Condeixa seja seguido rapidamente por bastantes mais autarquias como contributo para combater a baixíssima taxa de natalidade portuguesa, a que o governo central tem mantido absoluta indiferença.
É de se notar que esta medida tem vindo a ser adoptada em Câmaras de várias "cores políticas", mostrando que política de família não tem a ver com partidos mas, apenas, com a vontade de se enfrentar, ou não, os grandes desafios que se põem à sociedade portuguesa.
Por outro lado, e em pleno período de seca rigorosa, apenas com a Tarifa Familiar da Água se poderá combater o desperdício através dum aumento do custo nos escalões mais elevados, com a certeza de se estar, de facto, a penalizar apenas quem se mostra insensível à indispensável poupança no consumo deste bem de primeiríssima necessidade.
A APFN recorda, de novo, que 2005 é ano de eleições autárquicas, e esta medida é bem mais importante que várias obras que são agora feitas para "dar nas vistas " , mas com quase nenhum impacto na vida das populações: apenas pretextos para "inaugurações" e aparecer na comunicação social.
Apesar de existirem, apenas, 7% de famílias com três ou mais filhos, 20% da população, ou seja 2.000.000 de portugueses, pertencem a famílias numerosas, que saberão, com toda a certeza, distinguir os autarcas que se preocupam com os verdadeiros problemas das famílias dos "outros".