A APFN
saúda a intenção do Ministro da Educação de efectuar exames
nacionais no final dos 4º e 6º anos, conforme esta associação tem
defendido desde a sua criação, há cerca de 5 anos.Para a APFN,
não é muito importante o peso relativo entre exame final e
"avaliação contínua", desde que seja igual ou superior a 25%.
Através dos exames nacionais, e publicitação dos seus resultados
por escola comparados com as classificações obtidas na "avaliação
contínua", os pais poderão, em tempo, aferir qual a "taxa
de inflação" praticada pelos professores dos seus filhos,
isto é, se um 12 vale mesmo 12 ou, pelo contrário, menos do que 6,
como, infelizmente, tantas vezes acontece e só é percebido no final
do 12º ano!
Esta associação sugere que estes exames não sejam apenas em
Português e Matemática, mas, também em Física, a fim de acabar com a
crescente praga de "achismo", em que cada vez mais pessoas
procuram disfarçar a sua profunda ignorância sobre as mais
elementares e inalteráveis Leis da Natureza.
A APFN aproveita, ainda, a oportunidade para relembrar outros
pontos que deseja ver contemplado neste domínio:
1 - Liberdade de escolha da escola, estatal ou
privada, o que, na nossa opinião, só é conseguida plenamente através
da instituição do "cheque ensino";
2 - Acabar com a frequente alteração dos livros escolares
e sua inutilização por os alunos serem obrigados a escrever em
alguns deles, fazendo com que os pais sejam forçados a dispender,
todos os anos, enormes quantidades de dinheiro, apenas para
alimentar a "indústria educativa";
3 - Maior eficiência do ensino com
redução do número de anos do secundário, a fim de os jovens
poderem completar a sua formação escolar mais cedo. Este objectivo,
para além de diminuir a sobrecarga financeira na educação dos
filhos, também fará diminuir o enorme défice de população activa que
irá ocorrer em breve, conforme todos os organismos nacionais e
internacionais que se ocupam desta matéria têm vindo a alertar,
perante a total passividade e indiferença da classe política
portuguesa, e sucessivos governos e deputados em particular.