Agência Ecclesia -
18 Out 04
Vaticano contesta
mentalidade anti-natalista
O
Vaticano contestou nas Nações Unidas aquilo que considera ser a
“mentalidade anti-natalista” reinante na comunidade internacional
desde a cimeira sobre população e desenvolvimento no Cairo, há 10
anos.
Durante a Assembleia da ONU que comemorou o 10º aniversário dessa
cimeira, o observador permanente da Santa Sé junto da organização,
D. Celestino Migliore, advertiu para as consequências dessa
mentalidade, lembrando que “as preocupações sobre a população humana
estão intimamente ligadas com o desenvolvimento e o florescimento de
cada ser humano”.
“É um facto que o crescimento populacional decaiu significativamente
em muitas nações desenvolvidas e industrializadas: essa quebra deve
ser entendida como uma ameaça para o seu futuro”, disse.
Nesse sentido, o representante vaticano pediu mais apoios para “os
casais que escolhem ter famílias numerosas” e todas as garantias
para que “o esposo e a esposa possam decidir responsavelmente,
livres de qualquer coerção social e legal, o número de filhos que
querem ter e qual o espaçamento dos seus nascimentos”.
O prelado destacou ainda o impacto que têm as migrações no rosto da
população mundial, assinalando que “a cimeira do Cairo permite
recordar a vital importância do bem-estar e progresso de cada membro
da família humana”.
Perante esta situação, a Santa Sé pediu “uma avaliação precisa e
objectiva dos temas da população e da solidariedade global, a
respeito das estratégias de desenvolvimento”.
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