NOTÍCIA

Família Castro

publicado a 09/01/2012

 

Somos a família Castro. O pai Fernando tem 59 anos e trabalha numa associação promotora da economia do mar. A mãe Leonor tem 57 anos e é voluntária numa associação de apoio a gravidezes em risco. Temos 13 filhos e 20 netos. Os oito mais velhos já são autónomos e exercem as suas profissões. Os cinco mais novos, que vivem connosco, são o David com 23 anos e é finalista de engenharia electrotécnica, o Bernardo com 21 anos e estuda gestão portuária, o Samuel de 16 anos e está no 11º ano, o Lourenço, de 14 anos no 9º ano e a Teresa de 10 anos no 4º ano.

Não somos ricos, não somos pobres. Queremos ser tratados com equidade e justiça. 

Somos 7 e queremos ser tratados como 7. Porque somos 7, pagamos mensalmente à EDP 255 Eur, dos quais apenas 71 Eur correspondem a consumo de electricidade. Por causa desse consumo de 71 Eur de electricidade, temos ainda que pagar 42 Eur (59%) de “acessos a rede“, 81 Eur (113%) de “custos de interesse económico geral“ e 47 Eur (66%) de IVA, apesar de ser um bem de primeiríssima necessidade! 

Hoje, toda a nossa família (nós os dois, os 13 filhos e 20 netos) contribuímos para o crescimento económico do país. Também hoje 8 dos nossos filhos já contribuem para a reforma de algumas pessoas e amanhã todos os nossos filhos vão pagar as nossas reformas e ajudar a pagar as reformas de outras pessoas. 

Aqui vai uma mensagem da nossa família:  

Por sermos mais, somos penalizados, e não nos parece bem. Apenas 1 recebe salário, mas são 7 a viver desse mesmo salário. Para todos os impostos, taxas e todas as medidas de carácter social deverá ser considerado o real nível de vida das famílias, considerando-se o rendimento per capita. O Estado não pode fazer de conta que os filhos não existem, uma vez que os filhos são o futuro do país.