1994—2005

Ano Internacional da Família

Celebração do XI Aniversário

 II SERÃO NACIONAL DA FAMÍLIA

"Família: Semente de Futuro"

14 de Maio de 2005

 

PALAVRAS DA SENHORA DONA MARIA JOSÉ RITTA NA ABERTURA

 DO «SERÃO NACIONAL DA FAMÍLIA» PROMOVIDO PELA APFN

14.05.05

 

 Impossibilitada de estar presente neste Serão, o que muito me penaliza, não quero deixar de louvar a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) por mais esta iniciativa a favor da família e da sociedade portuguesas. O tema escolhido para hoje – “Família: Semente do Futuro” – exprime, com rara felicidade, a missão específica da família: dela brota tudo o que é humano, e para ela deveriam convergir todas as atenções e todas as medidas políticas.

 

A concepção moderna, já secular, consagrou a supremacia do cidadão individual e, por essa via – importa reconhecê-lo - contribuiu decisivamente para a proclamação da igual dignidade de todos os seres humanos. Porém, ao secundarizar a família, enfraqueceu a base fundamental dessa mesma dignidade.

           

Ao contrário de uma tese que esteve em voga durante muito tempo, a família é uma verdadeira unidade básica de democracia, de solidariedade e de partilha de responsabilidades. Os quadros culturais envolventes nem sempre facilitam o exercício deste papel matricial. Mas o certo é que, apesar da complexidade dos tempos modernos, a família continua a constituir o grande e extraordinário espaço de liberdade e de compensação humanizante, perante as múltiplas opressões e dificuldades vividas no dia-a-dia.

 

Saúdo a presença do Senhor Secretário-Geral da Federação Espanhola de Famílias Numerosas e congratulo-me com a escolha do tema que vai abordar. A sua presença  alarga o âmbito da consciência colectiva das realidades e potencialidades familiares. Também permitirá intensificar, sem dúvida, a cooperação entre os dois países, num domínio em que novos e velhos problemas nos desafiam na procura dos caminhos do futuro.

 

Precisamente nesta ordem de ideias, o tema que vai ser abordado constitui um forte apelo à visão prospectiva da família e ao reconhecimento das suas virtualidades, não só para se adaptar ao futuro mas também para moldar esse mesmo futuro. Direi até que o melhor conhecimento e aprofundamento da instituição familiar revelará, seguramente, a existência, no seu seio, de fontes de inspiração fecunda para uma renovada visão da sociedade, libertando-a de muitos estereótipos que hoje a agrilhoam.

 

À Associação Portuguesa de Famílias Numerosas e a todos os presentes quero, pois expressar o meu apreço e o meu sentido reconhecimento.

 

 Maria José Ritta