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Público - 25 Abr 04 A
INCOERÊNCIA
Fraldas pagam IVA, armas não
O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) é outra das questões que
preocupam a Associação Nacional de Famílias Numerosas (APFN). Um
estudo coordenado por Afonso Arnaldo, especialista em impostos na
Deloitte, chegou àquilo a que o autor chama "algumas incoerências".
Assim, em Portugal, os boiões de comida para bebé à base de carne
pagam IVA a 12 por cento enquanto que os refrigerantes pagam apenas
5 por cento. Sobre a pasta de dentes está fixada uma taxa que pode
ir dos 13 aos 19 por cento. Em contraste, por exemplo, os aperitivos
à base de milho são taxados com valores entre os 8 e os 12 por
cento. Quanto aos transportes, todos os transportes considerados
domésticos (como por exemplo a ligação entre Lisboa e Cascais, ou
entre o Porto e Gaia), pagam IVA a 5 por cento. Os transportes
internacionais estão isentos deste imposto. Quanto à aplicação da 6ª
Directiva do IVA que, de uma forma geral, prevê a uniformização das
realidades tributadas em IVA aplicável a todos os países da União
Europeia, o estudo apresenta alguns paradoxos. Entre eles, o facto
de prever a isenção de IVA na venda de armamento a um Estado
pertencente à NATO enquanto que não permite isentar desse imposto a
venda de fraldas ou carrinhos de bebé
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