Notícias da Amadora - 6 Abr 06

Água mais barata para idosos e famílias numerosas

A Assembleia Municipal de Oeiras aprovou, no passado dia 3 de Abril, as Grandes Opções do Plano e Orçamento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) para 2006. A oposição foi unânime em criticar o preço «excessivo» do aluguer dos contadores, mas o presidente da Câmara e da administração dos SMAS, Isaltino Morais, explicou que são esses lucros que permitem investir na melhoria dos serviços prestados, e que está em estudo a redução das tarifas da água para famílias numerosas, carenciadas e idosos.

O Orçamento, que prevê um investimento de 15,8 milhões de euros (menos 700 mil euros do que em 2005), mereceu os votos a favor da bancada de Isaltino Oeiras mais à Frente e do PS, a abstenção do PSD e da CDU, e os votos contra dos dois deputados do Bloco de Esquerda.

Os deputados da oposição queixaram-se de que o documento é «menos claro e pormenorizado que nos anos anteriores» e questionaram algumas das informações fornecidas.

Joaquim Cotas, da CDU, alertou para o facto de a receita total apurada em 2005 ter diminuído em relação a 2004, algo que apelidou de «estranho», sendo que «o preço da água subiu e a população aumentou».

A bancada da CDU chamou ainda a atenção para os lucros obtidos com o aluguer dos contadores (sete milhões de euros), afirmando que «o consumidor gasta 10 metros cúbicos de água, mas com as taxas, tarifas e aluguer acaba por pagar o equivalente a 22 metros cúbicos».

Da bancada do PS surgiram duas sugestões: que a leitura dos contadores passe a ser mensal (em vez de bimestral), de modo a não penalizar os consumidores, e que a frota dos SMAS passe a utilizar combustíveis «amigos do ambiente».

O PSD acrescentou que deverá haver uma maior aposta na certificação dos sistemas de vigilância e no desenvolvimento dos sistemas de monitorização.

Os deputados do Bloco de Esquerda manifestaram-se contra o facto de a EPAL, empresa que vende a água aos SMAS, ter aumentado o seu preço em 2,6 por cento, «enquanto os SMAS aumentaram o preço de venda da mesma água aos consumidores em 2,9 por cento». «O preço da água é um assalto às carteiras dos cidadãos e cidadãs», concluíram.

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