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RTP.pt - 16 Abr 06
Educação: Associação
Famílias Numerosas aplaude alterações manuais
escolares
Lisboa, 16 Abr (Lusa) - A
Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN)
manifestou hoje, em comunicado, a sua satisfação pelas
recentes alterações implementadas no regime dos manuais
escolares, nomeadamente o alargamento da sua vigência de
quatro para seis anos.
O novo regime dos manuais escolares, aprovado em
Conselho de Ministros na quinta-feira, institui também a
certificação prévia dos livros por comissões de peritos
e alarga os apoios aos alunos mais carenciados.
"A APFN manifesta a sua alegria pelas alterações ao
regime de manuais escolares, nomeadamente alargando a
sua vigência de quatro para seis anos e a
obrigatoriedade de pré-aprovação pelo Ministério" da
Educação, afirma a associação.
No comunicado, a APFN insiste ainda na eliminação de
todos os manuais escolares, "inclusive de exercícios, em
que os alunos sejam obrigados a escrever nas suas
páginas, impedido assim a sua reutilização".
"Deverão ainda ser eliminados os manuais em edições
luxuosas e, como tal, desnecessariamente caras", diz
ainda a associação.
Para a APFN, "dada a aparente dificuldade das editoras
nacionais em conseguir estes objectivos", o ideal seria
"a abertura do mercado nacional a editoras
estrangeiras".
A associação reitera também o "fim do actual sistema" e
defende a "reutilizabilidade dos manuais, acabando com a
exploração a que os pais têm sido sujeitos".
"Uma vez garantida a reutilizabilidade dos manuais
escolares, o Governo deixará de ter que se preocupar com
a sua disponibilização aos alunos carenciados: a
sociedade civil saberá promover a cedência sem que o
Estado tenha de despender um cêntimo ou um minuto de
preocupação", sublinha.
No comunicado, a APFN solicita ainda o "alargamento do
bem- vindo `espírito Simplex` a todo o sistema
educativo, não só na anunciada facilitação do acto das
matrículas, mas também na criação do "cheque-ensino".
De acordo com a APFN, o cheque ensino consiste em dar
aos pais um cheque no valor que custa actualmente o
ensino numa escola estatal, que deixariam assim de ser
gratuitas, passando o seu financiamento a ser assegurado
através de propinas pagas pelos alunos, como acontece
com as escolas particulares.
Para a Associação, permite-se assim, "uma verdadeira
autonomia e responsabilização das escolas como, também,
a liberdade de os pais escolherem a escola mais adequada
para os seus filhos". |