SIC OnLine - 27 de Agosto

Ministro contra "rankings" escolares

Júlio Pedrosa está contra a classificação de escolas

Júlio Pedrosa reconhece assimetrias no país

As médias nacionais dos exames do 12º ano foram reveladas. Ministro, pais e professores estão todos de acordo. O estudo hoje divulgado, pelo Ministério da Educação, não deve servir como base para a elaboração de um ranking de escolas.

Com as tabelas à vista de todos, Portugal conheceu hoje as escolas onde os alunos obtiveram as melhores e as piores notas nos exames nacionais do 12º ano. Pela primeira vez , o Ministério divulgou as classificações finais por disciplina e as classificações resultantes da avaliação contínua dos alunos, das 625 escolas portuguesas, privadas e públicas, por concelho e distrito.

Em resposta, o ministro da Educação convocou uma conferência de imprensa, onde, à semelhança dos seus antecessores, reafirmou a recusa do Ministério da Educação em "classificar, seriar ou ordenar escolas".

Júlio Pedrosa diz que estes resultados não devem servir de base para classificar e diferenciar escolas. Devem servir sim, como uma reflexão sobre os problemas do sistema educativo.

O ministro da Educação diz que este "ranking" pode ser "redutor e limitativo" mas não deixou de sublinhar que as escolas com melhores resultados se situam nas zonas mais desenvolvidas do país.

Melhores distritos

Porto, Lisboa e Coimbra foram, por esta ordem, os distritos que registaram as médias mais elevadas. A este propósito, o governante salienta que foram precisamente estas cidades, que primeiro tiveram universidades.

Questionado sobre se os resultados poderão refletir-se no financiamento das escolas, designadamente na atribuição de mais verbas às escolas com piores resultados, Júlio Pedrosa afirmou de imediato que tal não acontecerá. 

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