A APFN saúda as
declarações proferidas pelo Dr. Vitor Constâncio, Governador do
Banco de Portugal, alertando que Portugal deve acabar de vez
com a desastrosa política anti-natalidade que tem vindo a
promover nos últimos 20 anos, e que a APFN tem vindo a reclamar
desde a sua criação, há cerca de 5 anos.
Recorde-se que
1981 foi o último ano em que o número médio de nascimentos por casal
foi de 2.1, o necessário e suficiente para haver renovação
de gerações, tendo continuado a cair para 1.4-1.5, nos últimos 10
anos.
Isto traduz-se
num défice de 50.000 nascimentos por ano, ou seja, quase 6
por hora! Num país que está profundamente preocupado (e bem) com uma
média de 4 mortes por dia nas estradas, é bom que se preocupe com o
défice de 6 nascimentos por hora!
Se virmos os números de
nascimentos por número de ordem, em 1981, 1991 e 2001, verificamos
que o número de primeiros filhos pouco de alterou, andando na
ordem dos 65.000 por ano. O número de segundos filhos sofreu uma
ligeira redução, mas o número de terceiros ou ordem
superior sofreu uma enorme quebra, para cerca de um terço,
demonstrando à evidência que a política anti-natalista foi
dirigida contra as famílias numerosas, como a APFN sempre
tem chamado a atenção.
A fiscalidade
portuguesa tem sido a verdadeira cereja em cima do bolo desta
política, penalizando fortemente a indispensável
estabilidade familiar, e os casais com filhos tanto
mais quando o seu número, conforme se poderá verificar no
Caderno 6 Política Fiscal da Família (http://www.apfn.com.pt/Cadernos/caderno6a4.PDF),
elaborado em conjunto pela APFN e CNAF, e apresentado publicamente
no passado mês de Novembro.
A APFN, através do
Plano +famili@, tem vindo a fazer a "sua
parte", graças à fortíssima e crescente adesão de empresas de todos
os ramos, fazendo com que as famílias numerosas que se tornem sócias
vejam a sua vida menos dificultada.
A APFN espera que as
declarações do Governador do Banco de Portugal, bem conhecido pela
sua independência e sabedoria, contribuam decisivamente para que o
poder político faça a "sua parte", de tal modo que 2004, em que se
celebra o X Aniversário do Ano Internacional da Família, seja o ano
de inversão dos péssimos indicadores do estado das famílias em
Portugal.
APFN -
Associação Portuguesa de Famílias Numerosas