Jornal de Montemuro - 22 de Julho

Nascimento de bebé saudável põe em questão as provas genéticas 

WASHINGTON D.C. - Uma clínica de fertilidade de Chicago anunciou o nascimento de um bebé do sexo masculino em perfeita saúde apesar de ter sido identificado como um embrião com defeitos genéticos. O facto comoveu a opinião pública e levantou diversas questões acerca do trabalho desenvolvido por entidades como o Instituto de Genética Reprodutiva que recentemente analisou 18 embriões para detectar a sua predisposição genética a diversas formas de cancro. Segundo o bioético Ben Mitchell, foram destruídos 11 embriões e dos sete restantes, dois foram implantados no útero de uma mulher e finalmente nasceu um bebé. 

"Temos embriões humanos concebidos intencionalmente para serem mantidos num congelador ou simplesmente para serem destruídos, porque não cumprem os requisitos de uma suposta vida que valeria a pena", disse Mitchell. Mitchell questionou a nova mentalidade eugênica que impera nesse âmbito, segundo a qual algumas vidas são menos valiosas e não devem sequer existir. 

Segundo o especialista, os cristãos que apoiam a fertilização "in vitro" deveriam pensar em tudo o que esta técnica implica. Wendy Wright, da Concerned Women for America (uma associação que se preocupa com as questões éticas que afligem a sociedade norte-americana), considerou que as provas genéticas de embriões representam uma mentalidade eugênica contrária aos ensinamentos da Bíblia. 

"Os pais que justificam essas experiências, dizendo que só querem ter um filho sadio, devem considerar quantas crianças têm morrer no processo de se encontrar esse exemplar único", afirmou Wright. "Os pais - acrescentou - podem ter o direito de controlar o momento em que têm os filhos mas não de controlar as características de seus filhos, sua aparência ou sua construção genética". Ela afirma que os filhos são uma bênção de Deus, não um bem que os pais podem ajustar a seu gosto.
 

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