A CONFEDERAÇÃO de Pais (Confap), que
representa a maioria das associações do País, aplaude o
documento elaborado pelo grupo coordenado por Daniel
Sampaio e não coloca quaisquer reservas. Para Albino
Almeida, presidente da Confap, os documentos
«acabam com os receios dos pais porque estes serão
chamados a participar activamente na Área para a Saúde».
Na sua perspectiva, será dado um «salto civilizacional»
se as propostas avançarem e merecerem a aprovação
política da ministra.
Já o Movimento de Pais, Move,
classifica de «totalitário» o projecto
de Daniel Sampaio por defender a transversalidade do
ensino da Educação Sexual, isto é, por poder ser
abordado em qualquer disciplina. O Move considera ainda
que a «obrigatoriedade» da matéria
traduz «grande falta de respeito das opções
que pertencem aos pais e educadores», admitindo
mesmo que esta proposta é uma «clara
violação da Constituição portuguesa e dos Direitos do
Homem». O Movimento Associativo Federativo de Pais
(com cerca de cem escolas) tem uma posição idêntica:
«A situação agrava-se com a transversalidade
e o facto de a escola ficar aberta a todos».