"Os níveis de insucesso e abandono escolar em Portugal não são passíveis de anos zero para as escolas se prepararem." Foi com estas palavras que a ministra da Educação se referiu ontem à greve dos docentes e aos seus motivos. Antes de uma reunião sobre a reorganização da rede escolar do concelho de Faro, Maria de Lurdes Rodrigues teve tempo de dizer que "não pediu nada de extraordinário aos professores" quando implementou as aulas de substituição "Os professores não precisam de nenhum ano zero para se prepararem para uma prática normal que já existe em todo o mundo", basta à classe docente ter "vontade, determinação e compreensão pela qualidade dos problemas".

Para Maria de Lurdes Rodrigues, "ao ridicularizarem o conceito de aulas de substituição, os docentes põem a ridículo a escola e a sua própria actividade". Afinal, "é preciso que as escolas compreendam de uma vez por todas que as faltas e ausências ao trabalho por parte dos professores têm um efeito muito negativo sobre os alunos e as próprias instituições".