Público - 29 Nov 05
Tribunal
obriga
responsáveis por
morte na A3 a
visitar
politraumatizados
Acidente agora
julgado na Maia
teve lugar em Março
de 2002
O Tribunal da Maia condenou ontem dois
condutores responsáveis pela morte de uma jovem, na
auto-estrada entre Porto e Valença (A3), a visitar
semanalmente a unidade de politraumatizados do Hospital de
S. João, no Porto, para se consciencializarem dos efeitos da
má condução.
Além desta pena acessória e da inibição de conduzir, os dois
automobilistas foram condenados a penas de prisão,
suspensas.
O acidente ocorreu no troço da A3 que atravessa a Maia, a 17
de Março de 2002, data das penúltimas eleições legislativas.
Tudo começou por uma colisão envolvendo um BMW e um Opel
Corsa, que provocou o despiste deste último, fazendo-o voar
cinco a seis metros sobre o separador central, para o
sentido de trânsito contrário.
O veículo descontrolado acabou por cair sobre o carro da
estudante universitária Ana Cristina Miranda, 25 anos, que
viria a morrer esmagada.
Segundo Miguel Miranda, advogado contratado pela família da
vítima mortal, o tribunal considerou que o condutor do BMW
evidenciou negligência grosseira, o que provocou o acidente.
Foi condenado por isso a três anos de prisão, numa pena
suspensa por cinco anos, ficando inibido de conduzir pelo
período de um ano e obrigado a visitar semanalmente, durante
seis meses, a unidade de politraumatizados do Hospital de S.
João, no Porto.
De acordo com a fonte, o condutor do Opel Corsa foi
condenado por homicídio por negligência simples, a ano e
meio de prisão, com pena suspensa por três anos. Fica também
obrigado a visitar os politraumatizados internados no S.
João, semanalmente e durante três meses, e proibido de
conduzir por meio ano. Lusa
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