Público - 16
Nov 06
Mais de cinco mil jovens abrangidos pelo INOV
Jovem no primeiro ano
João Manuel Rocha
Sócrates anuncia hoje alargamento do programa
que foi uma das suas promessas eleitorais.
Objectivo: chegar a 6000 beneficiários até
ao fim do ano
Mais de cinco mil jovens foram abrangidos pelo
programa INOV Jovem no seu primeiro ano de
existência. O balanço é do Governo e indica que
aquela que foi uma bandeira eleitoral de José
Sócrates levou à contratação por empresas de cariz
tecnológico de 449 jovens e possibilitou estágios
profissionais a outros 4828, o que soma 5277.
A avaliação do programa e o anúncio do seu
alargamento, para permitir que o número de
abrangidos chegue aos 6.000 jovens até ao fim do
ano, são hoje feitos pelo primeiro-ministro, numa
visita à Janela Digital, uma empresa das Caldas da
Rainha, onde se desloca na companhia do ministro do
Trabalho, Vieira da Silva.
Inserido no Plano Tecnológico, o INOV Jovem foi uma
das primeiras medidas do actual Governo e previa, na
sua primeira edição, a colocação - através de
estágios ou contratação - de mil licenciados em
pequenas e médias e empresas (PME) de gestão,
engenharia e ciência e tecnologia. A boa recepção
das empresas levou a um alargamento para 3000 vagas
em Setembro de 2005, ainda antes da abertura do
processo de candidaturas, em meados de Novembro.
O aumento para 6.000 do número de abrangidos vem dar
cobertura à que já é a situação no terreno. De
acordo com dados fornecidos ao PÚBLICO pelo
Ministério do Trabalho, o INOV Jovem envolve
actualmente 4828 jovens a estagiar em 783 empresas e
permitiu a contratação de 449 outros por 378 outras
empresas. O programa apoia a inserção profissional
de jovens com formação superior e idade até 35 anos
e dá prioridade a inscritos nos centros de emprego.
Sobram pouco mais
de 550 vagas
Como o número de candidaturas de empresas em fase de
apreciação é da ordem das 400 e 166 delas prevêem o
acolhimento de 322 novos estagiários, o número de
lugares efectivamente disponíveis para atingir os
6000 é, nesta altura, pouco superior a 550.
Os incentivos do Estado são, no caso dos estágios,
de até dois salários mínimos para o jovem e a
totalidade de encargos com adicionais como o
subsídio de refeição e seguro, uma prestação para o
orientador de estágio equivalente a 20 por cento do
salário mínimo e uma compensação de 225 euros, por
estágio, para a empresa. Quando se trate de
deficientes os valores são bonificados. No caso de
contratação, o apoio é 12 prestações de 1,2 salários
mínimos quando se trate de contrato a termo e de 12
vezes 1,5 salários mínimos quando se concretize uma
contratação sem termo.
Cada um dos pacotes de 3000 estágios ou
recrutamentos está orçado em 80 milhões de euros, 34
milhões dos quais suportados pelo Estado. Outros 34
milhões são provenientes de verbas comunitárias e os
restantes 12 milhões são custeados pelas empresas. O
programa destina-se a firmas que tenham até 250
trabalhadores.