Público
- 28 Set 06
DESTAQUE
A questão da Segurança Social tem igualmente
mobilizado os outros partidos parlamentares, que já
apresentaram, ou anunciaram, propostas de reforma do
sistema, que vão do sistema misto do CDS/PP ao
reforço da contribuição das empresas preconizada
pela oposição de esquerda.
O CDS/PP defende um "sistema misto de plafonamento
horizontal" com soluções diferentes consoante a
situação dos trabalhadores. Quem ganhe até seis
salários mínimos ficaria no sistema de pensões
totalmente público e só para os outros o CDS
preconiza mudanças.
Para trabalhadores que recebem entre seis e dez
salários mínimos, haveria opção entre o sistema
público e regimes complementares e a partir de dez
salários o trabalhador organizaria o seu sistema de
previdência da forma que entendesse. No início, o
sistema só se aplicaria a quem tivesse menos de 35
anos ou menos de dez anos de descontos e seria
opcional entre os seis e os dez salários mínimos.
Para financiar a perda de receitas do sistema
público, Bagão Félix, ex-ministro da Segurança
Social, propõe que parte das receitas de
privatizações sejam encaminhadas para a Segurança
Social.
O PCP defende uma diversificação das fontes de
financiamento que passaria pela criação de uma taxa
sobre o Valor Acrescentado Bruto das empresas com
lucros anuais superiores a 500 mil euros e pela
criação de um imposto sobre as transacções na bolsa.
O Bloco de Esquerda defende a aplicação de uma taxa
sobre os lucros das empresas e uma contribuição
progressiva de solidariedade sobre o ordenado de
quem ganha mais de 1500 euros. Caso haja acordo
entre PS e PSD, quer um referendo sobre a Segurança
Social. João Manuel Rocha |