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Rádio Renascença, 'Política do facto consumado', Raquel Abecasis publicado a 14/12/2009 Política do facto consumado O Governo anunciou que vai levar esta semana a Conselho de Ministros o diploma que regula os casamentos entre homossexuais. Desde que tomou posse, o executivo tem esta como uma das primeiras prioridades da legislatura. Porquê? Não porque haja gente a passar necessidades à espera da lei. Não porque haja um grande movimento na sociedade a pedir legislação. Simplesmente porque ao Governo não lhe convém muita discussão em torno do tema. Sócrates acredita que a política do facto consumado é a mais eficaz. Para o Primeiro-ministro, tem muito pouco interesse o debate público ou sequer ouvir opiniões de quem, com mais experiência no terreno, tenha achegas a dar àquilo que o poder socialista decidiu, unilateralmente, que é o mais moderno para o país. Se outros motivos não houvesse, bastaria ao Governo fazer o balanço de um ano de vigência da sua moderna lei do divórcio para perceber que falhou em toda a linha. Há um ano, foram muitos os que pediram mais bom senso nesta legislação. Agora, são milhares a pedir mais debate na sociedade sobre a forma de regular as uniões entre homossexuais. Com ou sem referendo, a verdade é que o mais elementar bom senso aconselharia maior prudência. Mas o Governo, com esta forma de proceder, mostra estar manifestamente de má fé. O pior é que quem paga as aventuras de modernidade do senhor Sócrates somos sempre nós, os que também pagamos cada vez mais impostos. notícia retirada de: http://www.apfn.com.pt/news_detalhe.php?id=252 |