Inverno Demográfico

O declínio da família humana

Trailer

Apresentação

Um dos eventos com maior impacto na história moderna está a desenrolar-se silenciosamente. Os sociólogos e os economistas estão de acordo: estamos a ir na direcção de um inverno demográfico que ameaça ter consequências sociais e económicas catastróficas. Os efeitos serão severos e duradouros e estão já a manifestar-se em grande parte da Europa.

“Inverno Demográfico: o declínio da família humana” é um filme espantoso, mostra de forma cristalina como as sociedades com uma reduzida influência da família são vistas agora como estando com sérias ameaças a nível social e económico.

O “Inverno Demográfico” é desenvolvido sobre os testemunhos de peritos de todo o mundo - demógrafos, economistas, sociólogos, psicólogos, líderes civis e religiosos, parlamentares e diplomatas.

Juntos, revelam os perigos que as sociedades e economias mundiais enfrentam, perigos muitíssimo mais iminentes do que o aquecimento global e, pelo menos, tão graves.

Estes peritos discutirão como:

· A “bomba da população”, não somente não teve as consequências previstas, como quase todos os países desenvolvidos estão a experimentar agora taxas de fertilidade bem abaixo dos níveis de reposição. As taxas de natalidade caíram tanto que mesmo a imigração não pode substituir as populações em declínio, e esta emigração está a minar o potencial dos países em desenvolvimento, cujas taxas de natalidade estão agora a cair a um ritmo mais rápido do que aconteceu nos países desenvolvidos.

· As economias mundiais continuarão a contrair-se à medida que “o capital humano”, referido pelo prémio Nobel de Economia Gary Becker, for diminuindo Os motores do comércio serão postos à prova à medida que os trabalhadores de hoje não conseguirem ser substituídos e serão incapazes de assumir a responsabilidade de suportar uma população em envelhecimento.  

· Os programas dos governos reduzirão pela diminuição dos impostos recebidos de uma força de trabalho sempre a diminuir. A relação exponencial dos aposentados versus trabalhadores jovens tornará os actuais sistemas da segurança social totalmente incapazes de suportar a população em envelhecimento.  

· As nossas tentativas de modernização com as políticas e os programas de engenharia social deixaram as crianças crescer em lares quebrados, com pais ausentes e pouco amparo da família alargada, desligada das gerações, e estas crianças estão a sofrer graves consequências psicológicas, sociológicas e económicas. O incomensurável papel da família intacta no desenvolvimento e na prosperidade das sociedades humanas está em desintegração. 

· A influência dos problemas sociais e económicos nas gerações em permanente redução e cada vez mais desligadas acelerará a deterioração. Os nossos filhos e os nossos netos carregarão a responsabilidade económica e social de regenerar “o capital humano” que é responsável por 80% da riqueza na economia, e eles estarão limitadamente preparados para o fazer.  

· Será que existe um ponto de não-retorno a partir do qual as consequências da aceleração tornarão a recuperação impossível sem colapso social e económico completo? Mesmo os peritos não podem dizer-nos até onde poderemos seguir esta rampa descendente até que alcancemos um ponto onde se torne inevitável a queda no abismo.  

· Só se se ultrapassar a incorrecção política de se falar na família intacta nos círculos políticos é que poderão começar a ser encontradas soluções. Estas soluções passarão necessariamente por alterações nas políticas, mudanças que promoverão a família natural intacta. 

· Da mesma forma que foi necessário o envolvimento cumulativo de organizações de activistas, políticos, o mundo de negócios e a comunicação social para provocar estas consequências involuntárias que estamos a começar a sentir, também terá que ser o envolvimento combinado de todas estas entidades, juntamente com as organizações civis e religiosas, para alterar os corações e as mentalidades de toda a sociedade para nos levar a uma reversão. 

· Talvez seja já demasiado tarde para se evitar algumas consequências muito graves, mas com esforço talvez possamos evitar uma calamidade. O “Inverno Demográfico” constitui uma plataforma e motivo para discussão. As vozes de aviso neste filme têm que ser ouvidas antes que um silencioso, intenso Outono, se torne num longo e duro inverno.

Sobre o documentário

O documentário “Inverno demográfico: o declínio da família humana” expõe as severas consequências económicas e sociais da fragilização da família e da queda da taxa de natalidade em todo o mundo. No “Inverno demográfico”, académicos de várias áreas apresentam o contexto económico, social, demográfico e histórico do declínio da população e o impacto que as famílias têm na resiliência e na estabilidade da sociedade. O estilo animado da película destaca a investigação de economistas (incluindo um prémio Nobel), demógrafos, sociólogos, e autores.

Estes peritos mostram como a existência de um capital humano forte é necessária para cada economia. O desenvolvimento deste capital humano depende mais das famílias de que é constituído do que de qualquer outra instituição. A partir da sua investigação, estes académicos mostram a necessidade de se constituir um forte capital moral e social, melhor constituído dentro da família, como uma base para este capital humano.

Realçam, também, como o apoio à família é crucial no desenvolvimento das capacidades e da educação.

As sociedades e as economias estáveis dependem fundamentalmente destes elementos vitais.

O “Inverno Demográfico” mostra como, ao contrário do mito popular, as taxas de natalidade têm caído dramaticamente nos últimos 40 anos e que uma parte importante do mundo tem agora taxas de natalidade bem abaixo dos níveis da reposição.

Alguns países já começaram a reduzir em população, e cedo começarão a sentir o efeito de uma economia em contracção.

Segundo estes peritos, a população mundial, particularmente em países desenvolvidos, está a envelhecer.

A geração do baby-boom está a atingir a idade da reforma e necessitará de ser suportada pelas gerações que as sucederam, que têm tido cada vez menos filhos. Isto significa uma cada vez menor população activa a pagar os sistemas da segurança social, o serviço de saúde e o bem-estar mundial.

As economias serão postas à prova e os governos terão cada vez menor capacidade de resposta com a queda na produtividade e na colecta de impostos sobre o rendimento.  

O filme mostra como os países em desenvolvimento, com uma fertilidade abaixo do nível de reposição, têm olhado para a imigração como solução para manter a sua capacidade laboral. Este crescimento da imigração, vindo quase exclusivamente dos países em vias de desenvolvimento, tem vindo a alterar a paisagem social e política nos países anfitriões. Esta emigração tem vindo a drenar a produtividade nos países em vias de desenvolvimento, retardando o crescimento das suas economias. Mais ainda, estes peritos dizem-nos que, sendo tão frequente a separação dos elementos da família, normalmente o pai, está a provocar grandes problemas sociais nos países de origem e as suas taxas de natalidade estão a cair mais rapidamente do que aconteceu nos países desenvolvidos.  

“Inverno demográfico: o declínio da família humana” é o primeiro de dois filmes sobre este tópico.  

Este primeiro filme tem entrevistas com muitos académicos distintos, designadamente:

· Gary Becker, Ph.D, universidade de Chicago, prémio Nobel em Economia, 1992

· Phil Longman, Schwartz Senior Fellow na New America Foundation e autor de “The Empty Cradle: How Falling Birthrates Threaten World Prosperity And What to Do About It” (“O berço vazio: como a queda das taxas de natalidade ameaça a prosperidade mundial e o que fazer acerca disso”)

· Nicholas Eberstadt, Ph.D., Economía Política e Governo, Universidade de Harvard

· Henry Wendt, Investigador em Economia Polítca, American Enterprise Institute;

. Victor Medkov, Professor, Departmento de Sociologia, Universidade Estatal de Moscovo Lomonosov, co-autor da “Population: An Encyclopedic Dictionary”

 · Steve Nock, Ph.D, Commonwealth Professor, Professor de  Sociologia e Director do projecto Marriage Matters, Universidade da Virginia

· Kay Hymowitz, William E. Simon Fellow, Manhattan Institute, Contributing Editor, City Journal

· Linda Waite, Ph.D. Lucy Flower Professora em Sociologia Urbana, Universidade de Chicago, Director, Centro sobre Envelhecimento no N.O.R.C.

· Alban d'Entremont, Ph.D, Chair, Dept de Geografia, Professor de Geografia Económica e Humana, Universidade de Navarra, Espanha.
 

FAQ

O que significa a expressão “Inverno demográfico”?

“O inverno demográfico” denota a queda da taxa de natalidade em todo o mundo e as suas consequências.

O demógrafo Philip Longman (autor “The Empty Cradle: How Falling Birthrates Threaten World Prosperity and What To Do About It” – “O berço vazio: Como a queda das taxas de natalidade ameaça a prosperidade mundial e oque fazer acerca disso”) observa: “O declínio global das taxas de natalidade é a força mais poderosa que afecta a sustentabilidade das nações e o futuro da sociedade no século XXI.”

Em todo o mundo, as taxas de natalidade reduziram para metade nos últimos 50 anos. Há agora 59 nações, com 44% da população mundial, com taxa de natalidade abaixo do nível de reposição.

Algures neste século, a população mundial começará a declinar. Em algum ponto, o declínio tornar-se-á rápido. Nós podemos mesmo alcançar a queda livre da população no nosso horizonte temporal.

Para alguns países, o declínio da população é já uma realidade. A Rússia está a perder três quartos de milhão de pessoas por ano. A sua população (actualmente 145 milhões) cairá de um terço até 2050.

O termo “inverno nuclear,” popularizado nos anos 80, aludia ao catastrófico impacto ambiental de uma guerra nuclear. As consequências a longo prazo do inverno demográfico poderão ser igualmente devastadoras.

O que é o nível de reposição da população, e porque é o número 2.1 assim tão importante?

O nível de reposição da população é o ponto do equilíbrio em que a população de um país não aumenta nem diminui. A fim de manter a população actual, a mulher média deve ter 2.1 filhos durante a sua vida. Essencialmente, necessita substituir-se a si e a um homem. Uma vez que algumas crianças morrerão antes de alcançarem a maturidade, é necessário um pouco mais de 2 filhos. Daí, 2.1.

Um índice de natalidade de 2.1 faz manter a população. Um índice de natalidade inferior a 2.1 origina uma queda da população a longo prazo.

Uma vez que índice de natalidade é inferior a 2.1, porque é que a população mundial continua a aumentar?

Um carro em ponto morto continuará a mover-se, especialmente se estiver a ir para baixo, mesmo se não se estiver a injectar gasolina no motor.
O crescimento actual da população é devido a dois factores:

1. taxas de fertilidade mais elevadas nos anos 50 e 60, e
2. As pessoas vivem muito mais tempo do que anteriormente.

O importante é o seguinte: o declínio dos índices de natalidade em todo o mundo provocarão uma queda da população em todo o mundo dentro de poucos anos. Na população ocidental (especialmente na Europa) o declínio transformar-se-á numa realidade muito mais cedo.

O futuro demográfico de uma nação pode ser visto no seu actual índice de natalidade. Na Europa, o número de crianças com menos de 5 anos reduziu em 36% desde 1960. Hoje, em todo o mundo, há menos 6 milhões de crianças com 6 ou menos anos de idade do que havia em 1990. Se continuarem as tendências actuais, a ONU estima que, em 2050, existirão menos 248 milhões do que actualmente. 

Onde é que existem os índices de natalidade mais baixos? 

Dos 10 países com os índices de natalidade mais baixos, 9 estão na Europa. No total, o índice de natalidade europeu é 1.3, bem abaixo do nível de reposição (2.1). Nenhuma nação europeia tem um índice de natalidade de reposição.  

O índice de natalidade da Itália é 1.2. Em Espanha, é 1.1. Isto significa que, caso não exista uma imigração em massa, estes países perderão metade da população em cada geração.

O índice de natalidade da Rússia caiu de 2.4 em 1990 para 1.17, actualmente, uma queda de mais de 50% em menos de 20 anos. Na Federação Russa, todos os anos, há mais abortos que nascimentos.

Embora os índices de natalidade nos países em desenvolvimento também estejam em queda., a maioria ainda está acima do nível de reposição, por enquanto.

O índice de natalidade nos EUA é de cerca de 2, por volta do nível de reposição, em parte devido aos índices de natalidade dos imigrantes. Ninguém consegue adivinhar até quando isto acontecerá.

Quais são as consequências do declínio demográfico?

O economista Robert J. Samuelson escreveu em 15 de Junho de 2005 num artigo do The Washington Post: “É difícil ser-se uma super-potência se a sua população estiver a encolher.” Samuelson advertiu: “A Europa, como sabemos, está a sair da cena mundial…. A população da Europa ocidental está cada vez mais envelhecida, de acordo com as projecções do U.S. Census Bureau. Actualmente, cerca de um sexto da população tem 65 ou mais anos de idade. Por volta de 2030, poderá ser um quarto e por volta de 2050, quase um terço.”

Em 2050, 16% da população mundial terá mais de 65. Em 2040, haverá 400 milhões de chineses idosos.

Se os actuais baixos índices de natalidade se mantiverem, as União Europeia estima que haverá um défice de 20 milhões de trabalhadores em 2030.
Quem trabalhará nas fábricas e nos campos europeus no futuro? Quem explorará os recursos naturais?

Quem cuidará de uma população envelhecida? Um aumento da população idosa combinado com uma redução da força de trabalho conduzirá a uma acelerada destruição dos sistemas de pensões.

Isto aborda apenas à superfície a maneira como o declínio demográfico mudará a face da civilização.

Mesmo o ambiente sofrerá um impacto adverso. Com os orçamentos públicos severamente esticados, as nações desenvolvidas já não estarão dispostas a suportar os custos da limpeza industrial ou de uma redução de emissões do CO2.

Que factores contribuem para o declínio demográfico?

Várias tendências sociais do pós-guerra convergiram para criar uma tempestade perfeita para o Inverno demográfico.

Os homens e as mulheres retardam o casamento, reduzindo a probabilidade de terem mais do que um ou dois filhos. Hoje, no ocidente, quase um em cada dois casamentos terminam em divórcio. Os filhos do divórcio têm uma menor probabilidade de se casarem e constituírem família.

Mais mulheres casadas estão a optar por não terem filhos para não prejudicarem as suas carreiras profissionais. Depois dos 35 anos, torna-se progressivamente mais difícil às mulheres conceberem.

A comunicação social e os meios de entretenimento apregoam aos jovens adultos que a satisfação vem das carreiras, romance, viagens e “do enriquecimento pessoal” - não de ter filhos. É muito raro Hollywood referir famílias numerosas (hoje em dia, mais de 2 filhos). A mensagem da cultura é viva-para-o-momento e viva em primeiro lugar para si mesmo, com nenhum sentido de obrigação para com as gerações anteriores ou preocupação pelo futuro.

O crescimento da coabitação também tem impacto. Na Escandinávia, quase tantos casais estão a viver casados como apenas juntos. A coabitação não é propícia a nascimentos nem a cuidar de crianças.

A secularização conduziu a uma falta de sentido nos jovens. Na maioria dos países, há uma correlação directa entre a frequência semanal aos serviços religiosos e o índice de natalidade. Aqueles que acreditam que a vida tem um sentido final têm filhos. Aqueles que não acreditam, não têm.
Assim, cada aspecto da modernidade trabalha contra a vida de família e a favor do individualismo e de famílias pequenas ou esterilidade voluntária.

O problema não pode ser resolvido com o aumento da imigração? 

Num sentido demográfico, isto é roubar ao Pedro para pagar ao Paulo.

O país anfitrião ganha população, mas o país de origem perde. O mundo em vias de desenvolvimento, que viu o seu próprio índice de natalidade cortado para metade desde 1970 (de quase 6 a menos de 4), tem dificuldades ao perder população com a emigração.

A imigração massiva muda o carácter nacional do país anfitrião. Os imigrantes tendem a ter um nível mais baixo de instrução do que os nativos. Muitos nunca aprendem a língua do seu novo país nem se identificam com a sua História e cultura. Por exemplo, em vez de ser Francês-Argelino, continua a ser um argelino que vive em França.

Os cidadãos de países desenvolvidos devem questionar-se se vale a pena cederem na sua identidade nacional para receberem um reforço da sua força de trabalho.

O que é o documentário “Inverno Demográfico: O declínio da família humana”?

“Inverno demográfico: O declínio da família humana” é um documentário de uma hora que explora cada aspecto do declínio demográfico baseado em entrevistas com centenas do académicos, estudiosos, investigadores, políticos e activistas de 33 países.

Produzido por Barry McLerran e dirigido por Rick Stout, o “Inverno demográfico” congrega um conjunto de disciplinas que examinam e analisam o que poderá ser a maior ameaça com que a Humanidade do Século XXI se confronta.

Para requisitar uma cópia do “Inverno demográfico: O declínio da família humana” ou ver a sua apresentação, vá a http://www.invernodemografico.org.

Vídeo (completo)