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Uma questão de solidariedade
O apoio social não é o objectivo primário da APFN, embora ... contribuir para a criação ou criar directamente apoios materiais que possam solidariamente concorrer para a resolução ou minimização de situações concretas e urgentes de famílias numerosas seja uma das suas finalidades. Mas, naturalmente, há situações que nos são presentes e que nos obrigam a tomar uma posição; não com a convicção de tudo podermos resolver mas antes de que pelo menos fizemos algo de positivo nesse sentido.
A história que vamos contar, em traços rápidos e sem entrar em detalhes inapropriados, passou-se recentemente. Uma jovem casou-se com um homem mais velho, já com dois filhos de anterior casamento. E esta jovem, naturalmente, gostaria de ter também um filho, desejo contrariado pelo marido que dizia que os seus dois filhos já bastavam. Mas a jovem acabou por ficar grávida, contrariando o marido, que encarou mal a situação e lhe disse que abortasse, como muitas outras faziam. E quando alguns meses depois, na sequência da realização de uma ecografia, o casal soube... que eram trigémeos... as relações conjugais agudizaram-se e o marido saiu de casa abruptamente, não dando mais notícias de si. E porque um mal nunca vem só, a empresa em que a jovem trabalhava faliu, deixando-a no desemprego. Valeu-lhe então o apoio dos pais, pessoas modestas mas de boa formação.
Fomos contactados por esta jovem quatro anos depois deste incidente, quando os trigémeos frequentavam já o jardim de infância. Disse-nos então ela que embora tivesse recorrido a todos os organismos de carácter assistencial de que tinha conhecimento, nenhum nem ninguém, para além dos atrás mencionados pais, a tinha ajudado. E embora actualmente já estivesse empregada, vivia com dificuldades e pedia-nos ajuda na compra de roupa e calçado para os filhos.
A APFN não está vocacionada para o apoio social... mas não podíamos ficar indiferentes... e dias depois lá seguia pelo correio uma encomenda.
Algumas semanas passadas a jovem escrevia-nos a agradecer, assinalando de novo ser a primeira vez que recebia algum auxílio para as suas dificuldades. E dizia-nos na sua carta simples que os seus três gémeos «... agora vão todos contentes com as botas novas para a escolinha...».
Mas o tempo passa e as crianças crescem. E precisam de alguma roupa nova para o Verão. Não quererá o leitor, que teve a paciência de ler estas linhas até aqui, colaborar também na próxima encomenda? Para isso bastará contactar, por qualquer forma, com um dos membros da Direcção da APFN.
A.F.
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