Mais um dia da Mãe!
Da APFN
para cada Mãe - em especial das famílias nossas associadas, mas
também para todas as outras Mães - vai um abraço amigo, cheio de
ternura e gratidão, pelo que representam para as vossas
famílias e para toda a sociedade e o Estado quase não reconhece,
pelo que fazem e ninguém contabiliza, e pelo que são e ninguém
vê.
Sobretudo, um abraço de agradecimento, em nome de todos os que
nunca vos agradecem nada, porque nem dão por vós, de tão distraídos
e ocupados.
Estamos
certos de que muitas de vós irão receber hoje mais beijos, abraços,
cartões e presentes que o habitual.
Cada
escola já se terá encarregado de lembrar aos meninos e meninas mais
pequenos, o desenho, ou a surpresa do costume que, entusiasticamente,
eles levarão para casa e com que as mães decorarão o frigorífico e as
paredes!
Talvez
chegue mesmo a desoras um SMS, um email, ou um telefonema de algum
filho ausente, mais distraído, ou até “perdido”... ( “coitadinhos!
Eles nunca se esquecem de nós, o problema é a vida que levam... como
é que hão-de ter tempo para um gesto de ternura???”).
A APFN
quer lembrar em especial aquela Mãe sozinha por qualquer infeliz
circunstância, que criou os seus filhos sem ajudas, valente e
lutadora, e aquela outra Mãe, que contra tudo e contra todos,
defendeu o direito à vida de um filho porventura indesejado, tardio,
portador de deficiência - qual tigre que defende as suas crias; e também
aquela Mãe com um ou mais filhos à sua volta, que se vê desprotegida
pelo Estado (que devia proteger os mais fracos) e abandonada por alguém
irresponsável que, de repente, decide pedir o divórcio, agora tão
louca e tentadoramente facilitado, porque está farto da família,
encontrou outros “afectos” fora daquele casamento e “tem
direito à sua própria felicidade”...
A APFN
recorda hoje e aqui, também aquela Mãe que renunciou a uma carreira
profissional promissora, para dar o seu melhor à sua família, bem
como a Mãe que, não o tendo podido ser fisicamente, decide acolher
no coração e em sua casa, uma ou mais crianças, salvando-as do
abandono e negligência em que tiveram a pouca sorte de nascer.
Para
todas e cada uma, sem esquecer a Mãe tipicamente portuguesa, mais
remediada ou mais pobre, habitualmente tão esquecida, que, com tripla
ocupação, diariamente cruza as artérias buliçosas da cidade, numa
corrida contra-relógio, entre casa-creche-escola-trabalho-casa,
num sufoco para ganhar o pão de cada dia e equilibrar afectos e
necessidades da família, sabe Deus com que sacrifício, por trás
do sorriso habitual!
Com um abraço grande e amigo da APFN, vão os
votos de um dia bem passado em família e sobretudo, os desejos
de que o Estado um dia reconheça o papel imprescindível e de valor
incalculável da Mãe - e da Família unida - na preparação e
formação das novas gerações para que Portugal seja um país mais
saudável, mais produtivo e, sobretudo, mais feliz!