No passado dia 19 de Março, o INE
pubicou um documento a que chamou de
"Projecções de População Residente -
2008 - 2060" (http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=66023625&att_display=n&att_download=y)
Apontava logo como conclusão que
"Nos próximos 50 anos, Portugal poderá
continuar com cerca de 10 milhões de
residentes".
Ora, isto só acontecerá(ia) num
cenário totalmente irrealista, a que
o INE nos tem vindo a habituar nas
suas "projecções": o Índice
Sintético de Fecundidade começar a
crescer para 1.6 (quando não pára de
baixar) e a emigração aumentar em
50% nos próximos 10 anos, quando também,
não só tem vindo a reduzir, quando há
cada vez mais portugueses a procurarm a
sua sorte noutras paragens.
O surrealismo das "projecções" do INE
pode ser visto na figura abaixo, onde se
apresentam os cenários adoptados como
mais prováveis em 2009 e em 2004,
comparados com o que tem sido observado
nos últimos 28 anos.
Como se pode ver, a realidade mantem-se
indiferente àquilo que não passa de
sonhos do INE.
A APFN lamenta que o INE continue a prestar
um péssimo serviço ao país ao insistir em
confundir "desejos" com "projecções".
Recorda-se que, perante a
incapacidade de o INE em produzir um trabalho que permita o
país preparar-se adequadamente para o
futuro, a APFN desenvolveu e disponibilizou
no seu site um programa de computador para
se fazerem projecções demográficas, que pode
ser visto e descarregado em
http://www.apfn.com.pt/Cadernos/Caderno16/index.htm.
Por aí, se poderá ver que, a continuar a
actual política, indiferente ao desastroso
caminho que temos vindo a seguir, a
população, para além de envelhecida, cairá
brutalmente, o que faz com que os
projectados TGV´s e aeroporto da OTA nem
sequer sirvam para turismo de terceira
idade, dada a prevista queda brutal no valor
das pensões de reforma.
Por esse motivo, a APFN chama de novo a
atenção dos responsáveis políticos, e do
Governo e Parlamento em particular, para a
absoluta necessidade de Portugal adoptar
medidas a sério de apoio aos casais com
filhos, à semelhança do que tem vindo a ser
feito na esmagadora maioria dos países
europeus, e de que
a França é o mehor
exemplo, dada a comprovada eficácia.
Pede ainda a quem de direito que solicite ao INE para corrigir rapidamente este
documento, de modo a merecer o título de
"Projecções de População Residente".