APFN E A COMUNICAÇÃO SOCIAL

Um dos principais objectivos da APFN é defender os "valores da família".

Outro objectivo é fazer com que as "famílias numerosas" deixem de ser penalizadas como tal.

O segundo objectivo nunca será conseguido enquanto a família for vista como "algo do passado".

Para isso, torna-se indispensável uma forte presença nossa nos órgãos de comunicação social, porque é através deles que podemos chegar a toda a sociedade.

E porquê? 

Simplesmente porque, uma vez que o normal é relatar o "noticiável", apenas "situações anormais" são objecto de notícia, dando a ideia, nesta sociedade profundamente mediatizada, que o anormal é que é normal.

Por exemplo, a actual taxa de divórcios em Portugal é de 25%. A notícia que sai é "25% dos casamentos terminam em divórcio" em vez de "75% dos casamentos têm sucesso".

Por outro lado, qualquer caso de violência doméstica é imediatamente noticiado em todos os jornais, sendo notícia de abertura de alguns telejornais. A vivência em amor e diálogo da esmagadora maioria dos casais não é objecto de qualquer referência. Por outras palavras: se um marciano estudasse a vida em família dos terrenos apenas pelos órgãos de comunicação social a que tivesse acesso em Marte, que rica ideia que teria da vida em família!

É evidente que não há marcianos em Marte.

Mas, infelizmente, os nossos filhos, crianças e jovens, assemelham-se cada vez a marcianos que vivem em Marte, uma vez que são cada vez mais influenciados pelos órgãos de comunicação social, dado os pais terem cada vez menos tempo para dedicar aos seus filhos.

E, assim, os órgãos de comunicação social vão influenciando a sociedade, criando um sentimento a favor ou contra a vida familiar, conforme as notícias que forem surgindo.

Deste modo, o contacto com a comunicação social foi eleito como uma das nossas grandes prioridades.

Foi com grande alegria que vimos a primeira notícia publicada no "Jornal de Notícias", em 23 de Abril de 1998, no dia a seguir à escritura de criação da APFN, imediatamente seguida de uma grande notícia no "Correio da Manhã". Em Junho de 1998, tivemos o primeiro artigo numa revista, a "Pais e Filhos", com a presença de toda a Direcção. A 13 de Maio de 1999, fomos ao programa "Praça da Alegria", na RTP1. E, desde aí, nunca mais parámos: "Público", "Diário da Manhã", "RTP1", "TSF", "SIC", "TVI", "Adolescentes", "Maria", "Comércio do Porto", "Terras da Beira", "Voz do Ribatejo", enfim, um sem-número de jornais, revistas, rádios e televisões têm sido palco de intervenções nossas levando a nossa mensagem à sociedade portuguesa.

Para isso, pudemos contar com a colaboração de vários casais associados, embora tenha cabido à Direcção a maior parte desse trabalho.

E este trabalho tem sido importantíssimo. Hoje em dia, já são poucas as pessoas que não sabem que existe uma Associação Portuguesa de Famílias Numerosas. E esse conhecimento tem sido importantíssimo nos contactos que temos que estabelecer com entidades públicas e empresas.

Por isso, apelamos a que falem um com o outro sobre a importância deste trabalho e sobre quão importante é poderem "dar a cara". Sim, porque podem vir a ser contactados para isso!
Quando tal acontece, o procedimento é o seguinte:

- A Direcção da APFN é contactada por um órgão de comunicação social para um artigo ou reportagem de determinado cariz. Em função do pretendido, a Direcção selecciona um conjunto de casais e contacta-os, para saber da sua disponibilidade. O que se pretende é apenas um "testemunho de vida". Quando o programa é de "carácter político", será sempre um casal da Direcção a assegurá-lo.

- A Direcção da APFN volta a contactar o órgão de comunicação social a dar a lista dos casais que se disponibilizaram.

- O órgão de comunicação social contacta, então, directamente os casais para combinar todos os pormenores da sua intervenção. Por outras palavras, a APFN nunca dá nomes de casais sem previamente ter obtido a sua concordância para a intervenção em causa.

É importantíssimo que apareçam casais diferentes, porque não há "famílias numerosas típicas". Somos todos diferentes, mas com problemas idênticos.

Por outro lado, é bom que surjam casais diferentes, para não se dar a ideia que a APFN é um clube de meia dúzia de famílias.
Portanto, caros sócios, dialoguem um com o outro sobre o assunto e criem espírito de disponibilidade para intervirem na comunicação social.

Temos tido um acolhimento excelente por parte dos jornalistas, conforme bem transparece em todas as ocasiões em que temos surgido. Há até um programa na televisão onde "temos assinatura". Sempre que fazem algo que tenha a ver com
família, telefonam-nos a pedir casais, e tem sido espectacular.

Apenas num dos programas os casais da APFN falaram na associação, porque era sobre "Famílias Numerosas". Os outros eram sobre outros aspectos da vida familiar, e o testemunho desses casais foi importantíssimo.

Enfim, é preciso mostrar ao mundo que há casais felizes, e que essa felicidade não é por acaso, mas porque, ambos, em conjunto, fazem por isso.

E, para isso, a vossa disponibilidade é importante. Não há lugar para a timidez! 

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