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I
Encontro Nacional APFN- Fátima

Estivemos
em Fátima, no dia 15 de Maio, integrados no grupo de casais da Comissão
Instaladora da APFN que levaram a cabo esta iniciativa.
Porque
é que fomos? Para que é que fomos?
Em
primeiro lugar, para estar com Maria, pôr-lhe as nossas intenções e escutá-La.
Pedir-Lhe a Sua mão protectora e olhar terno para esta Associação que
agora começa.
Temos,
com tantos casais em todo o mundo, procurado viver com Maria todas as questões
e toda a nossa vida em família.
Porquê?
Porque
Ela sempre esteve atenta aos casais, Ela própria que teve a experiência de ser
Mãe e viver numa família em circunstâncias extremamente difíceis, Ela que
foi escolhida por Deus para simultaneamente sua esposa e Mãe.
Maria
sempre esteve atenta aos casais, desde aquele episódio, em Caná, em que se
apercebeu que não havia vinho.
Foi
ela, que se apercebeu e chamou a atenção para o Seu Filho. Nem criados, nem
noivos, nem pais do noivo se tinham ainda apercebido.
-
Não têm vinho!
- disse Ela, e "forçou" o Seu Filho, Jesus
Cristo, a "fazer qualquer coisa por isso".
Mas
também disse aos criados:
-
Fazei tudo o que Ele vos disser!
Cristo
então disse:
-
Enchei as talhas com água!
Eles
fizeram o que Cristo lhes disse, apesar de lhes ter parecido que era uma coisa
perfeitamente estúpida. Com efeito, quando nos falta vinho, quem é que, no
seu perfeito juízo, vai-se lembrar de encher as garrafas com água?
O
que se seguiu, já todos sabem: Cristo transformou a água em vinho, e todos
ficaram surpreendidos pela sua excelente qualidade e sabor, ao ponto de o pai do
noivo, responsável pela boda, ter sido repreendido por ter guardado o melhor
vinho para o fim.
Porquê
recordar, de novo, esta história que todos conhecem?
É
que, hoje em dia, falta o vinho a tantos casais e tantas famílias!
E
Maria continua a dizer a Cristo:
-
Não têm vinho!
...
e aos casais:
-
Façam tudo o que Ele vos disser!
E
Cristo continua a dizer:
-
Enchei as talhas com água!
E
tantos casais a raciocinarem, do alto da sua inteligência, e achar
perfeitamente estúpido encherem as talhas com água quando o que se pretende
é vinho!
De
facto, no mundo racional que se vive, não há espaço para a água, que é o
carinho, a ternura, o diálogo. Pelo contrário, compra-se, gasta-se
dinheiro, e tenta-se provar que se gosta um do outro oferecendo-se prendas
caras, coisas exóticas, em vez de "se oferecer" ao outro, escutando-o,
estando com ele e as suas preocupações.
Como
é que então poderá a água ser transformada em vinho, que é o amor e a
alegria, se não há água?
Foram
estas as preocupações que fomos pôr a Maria, e pedir-Lhe que ajude os casais
a compreenderem que se não fizerem a parte que lhes compete, se não
encherem as talhas com água, não poderão estar à espera de ver crescer o
seu amor e alegria, isto é, não terão vinho!
Julgamos
que percebemos o que Maria nos quis dizer.
É
que é precisamente isso que está à espera que a Associação faça e foi
apenas para isso que nos inspirou na sua criação.
Leonor
e Fernando Castro
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