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A galinha da minha vizinha...
Pois
é! Às vezes pode haver tendência para pensarmos que a galinha da minha
vizinha é sempre melhor que a minha, o mesmo é dizer que The grass is
always greener on the other side of the hill, mas, outras vezes, o dito não
é pura inveja, é antes tradução da realidade!
Vem
isto a propósito das recentes medidas de protecção às famílias numerosas,
na nossa vizinha Espanha, que não invejamos; simplesmente, constatamos que
essas medidas poderão servir-nos de exemplo e que elas significam uma
verdadeira política de apoio às famílias numerosas, tanto a nível nacional
como regional.
Assim,
passamos a exemplificar:
1
- As Famílias com 3 filhos têm direito, desde Maio de 1999, a um desconto de
50% em matrículas no ensino superior;
2
- As Famílias com 3 filhos poderão ter descontos, da ordem dos 20%, em viagens
de avião, comboio, autocarro e barco, desde que se trate de uma empresa pública,
ou concessionária, variando o desconto conforme as comunidades autónomas;
3
- O Governo da Catalunha oferece descontos entre os 15% e 40% - dependendo do nº
de filhos - para aquisição de vivendas de protecção social (VPO) e
descontos entre os 50% a 100%, por exemplo, para cursos da Escola Oficial de
Idiomas;
4
- A Junta de Castilla y León (Governo desta região autónoma) aplica um
desconto de 30% nas mensalidades pagas a creches e infantários que pertençam
à Junta;
5
- A Ayuntaniento (Câmara) de Santander, por seu turno, prevê um desconto
de 30% sobre o excesso de gasto de água,
para famílias numerosas, entre outros apoios (por ex., livros escolares, etc.).
E
poderíamos continuar... Outras medidas já existiam e outras ainda irão ser
implementadas.
Que
bom seria que os nossos Governantes - independentemente da côr -
seguissem alguns destes exemplos... Para quando, por exemplo, a existência dum
cartão de família numerosa com facilidades de acesso a bens mínimos e
indispensáveis? E um estatuto mais dignificante da Mãe de Família
Numerosa, com direito a optar por ficar em casa, a dar apoio à sua família,
sem que isso signifique prescindir totalmente dum 2º ordenado que tanta falta
faz, precisamente por ser uma família mais numerosa que o vulgar? E para quando
um tratamento fiscal mais justo, que tenha em conta o número de pessoas do
agregado e as necessidades dos dependentes numa família numerosa?
Por
favor, Srs. Governantes, deixem de nos rotular de ricos, ou de
terceiro-mundistas e apoiem as famílias numerosas, com uma política mais
europeísta!
E
a propósito... a nossa Galinha - pelo menos nesta matéria de política
familiar! - está bem magrinha...
Fátima
Fonseca
[anterior]
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