Cheques de educação em Valência
Se os Pais devem poder escolher livremente a escola dos
filhos, e se reconhecermos que, tratando-se de um serviço público que deve
ser acessível a todos, o Estado não deve ter o monopólio da Educação,
teremos de questionar-nos sobre como financiá-la: liberalizando os
impostos ou instituindo os cheques de educação?
Ambas as fórmulas libertariam os pais das ingerências políticas. Este
primeiro passo para o respeito das liberdades individuais, o respeito pelo
direito a educarmos os nossos filhos consoante os nossos próprios
interesses e critérios, sem outro entrave que não fosse a nossa própria
decisão, não nos levaria a edificar uma escola melhor, com um ensino de
qualidade num ambiente sereno, uma escola livre e plural, aberta a todas
as classes sociais?
Pessoalmente, não sou a favor das deduções fiscais. Com um tal sistema, os
menos abonados teriam de adiantar o dinheiro para as propinas escolares, e
esperar o reembolso do Estado. Por conseguinte, o seu poder de decisão
ficaria diminuído.
Acho que, não só por ter estudado a questão, mas também porque se fez a
experiência em Valência, onde vivo, a fórmula que mais se aproxima da
ilusória igualdade das oportunidades é o cheque de educação, porque neste
caso, o financiamento não se destina directamente à escola mas ao aluno,
ou seja, ao titular do direito educativo.
(...) Os cheques de educação constituem uma poupança para o Estado e os
seus contribuintes, e contribuem para a abertura de boas escolas privadas
em zonas desfavorecidas. Por outro lado, melhoram a qualidade do ensino
nas escolas públicas e privadas.
O cheque de educação tem, obviamente, os seus detractores. São aqueles que
sabem que, havendo liberdade de escolha, apenas as melhores escolas irão
sobreviver. Esta é a eficácia de que precisa a nova Europa.
Aqueles que querem um mundo de paz, uma Europa unida e o respeito pela
diversidade dos povos, das crenças, das culturas e das línguas, sabem que
é necessário continuar a trilhar o caminho que conduz a um objectivo
único: uma educação livre e de qualidade para todos.
In NOVA CIDADANIA, nº7
Maria Dolores Garcia Broch
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