O que se anda a fazer no resto da Europa
Franceses voltam às boas maneiras
«Diz bom dia à senhora!»
A experiência de Poitiers visa responder ao problema da delinquência
juvenil que, nas escolas francesas, se traduz em cerca de 250 mil
agressões por trimestre. Nas periferias das grandes cidades, os incidentes
com jovens são ainda mais graves e acontecem todos os dias, atingindo em
casos extremos mortos, incêndios de automóveis e batalhas campais entre «gangs».
A violência transformou-se num drama terrível em França e levou o ministro
da Educação, Jack Lang, a lançar um programa de educação cívica de base
nas escolas. Com este método, as autoridades pretendem colmatar as lacunas
da aprendizagem das regras elementares da vida social. As crianças
francesas são agora ensinadas a saudar as pessoas, a dizer obrigado e a
pedir desculpa.
Trata-se do regresso do ensino das boas maneiras e, logo no jardim-escola,
elas são obrigadas a dizer bom dia a toda a gente. «Quando enviamos um
aluno a pedir qualquer coisa à sala do lado lembramos-lhe que deve
primeiro saudar e pedir desculpa e, depois, agradecer», explicou Michel
Gaultier, director de uma escola numa periferia considerada difícil. Os
professores devem falar constantemente em palavras como «respeito», e,
sempre que, acompanhados de um aluno, se cruzem com uma senhora idosa,
devem dizer-lhe: «Diz bom dia à senhora!»
Os centros de assistência social foram igualmente reforçados nas
periferias das grandes cidades mas na maioria não conseguem controlar as
coisas depois do cair da noite. Os erros cometidos nos anos 60 com a
criação de verdadeiras cidades-guetos nos arredores das cidades estão
agora a pagar-se caro. Em muitos locais nem sequer a polícia consegue
entrar, a não ser com homens fortemente armados.
O Governo francês, que ainda não conseguiu encontrar alternativas para os
guetos, alargou entretanto o ensino das boas maneiras aos bairros difíceis
e mesmo os grupos de «rap» estão a ser sensibilizados para introduzirem a
palavra mágica «respeito» nas letras das canções.
A iniciativa do Ministério da Educação sobre as boas maneiras também visa
objectivos políticos. Além da preocupação com as questões da segurança,
69% dos franceses consideram, hoje, que as boas maneiras são um dos
valores mais importantes a transmitir às novas gerações.
No livro de reclamações da RATP, que gere a rede do metropolitano da
capital francesa, os utentes sublinham a mesma frase: «Queremos regras
para enquadrar os comportamentos nos lugares públicos». Com o regresso da
aprendizagem dos valores do passado, a associação France Courtoisie, que
conta dois mil associados, pretende lançar brevemente uma jornada nacional
das boas maneiras.
DANIEL RIBEIRO, correspondente em Paris
Jornal Expresso de 27 de Janeiro de 2001
A idade do sexo agita Grã-Bretanha
Jovens que morem em casas «estáveis» com os pais casados têm tendência a
ter menos sexo na adolescência e menos gravidezes indesejadas do que os
filhos de pais separados ou que vivam maritalmente.
A conclusão é de um dos maiores estudos sobre o comportamento dos
adolescentes, realizado na Grã-Bretanha. O relatório divulgado esta semana
liga pela primeira vez o ambiente familiar dos adolescentes e a sua
atitude perante o sexo.
O inquérito incidiu sobre dois mil jovens com idades compreendidas entre
os 13 e os 15 anos e vai ser apresentado ao grupo de trabalho da Protecção
da Família e da Criança da Câmara dos Comuns, na Grã-Bretanha. A notícia
foi avançada pelo jornal The Observer que afirma que o estudo vai
reacender o debate sobre o papel da família e na educação das crianças,
supostamente bombardeadas com imagens de sexo pelos media.
O relatório afirma que os jovens cujos pais vivem em união de facto ou são
separados têm atitudes mais «libertinas» em relação ao sexo e têm duas
vezes mais probabilidade de ter sexo muito novos do que os filhos de pais
casados. O estudo acrescenta ainda que os filhos que afirmaram não ter uma
boa relação com os pais são mais propensos a começar a sua vida sexual
mais cedo.
(...) O relatório dos «Assuntos para a Família» foi dirigido pelo
professor Martin Richards, responsável pelo Centro de Investigação para a
Família da Universidade de Cambrige. Os resultados divulgados estão longe
de ser pacíficos e vão com certeza promover o debate no país que apresenta
a taxa de gravidez na adolescência mais alta do mundo ocidental.
Ana Carreteiro
( In Portugal Diário /Julho 2001 )
Itália:
Primeiro-ministro pede aos italianos para terem mais filhos.
O primeiro-ministro Massimo D'Alema pediu hoje aos italianos para terem
maisfilhos, pois defende que uma maior taxa de nascimento impulsiona o
comportamento económico do país.
"Italianos, ajudem-nos no nosso esforço para aumentar o crescimento,
talvez... também tendo mais filhos", pediu durante uma visita à cidade de
Pescara, informa a Reuters.
As previsões apontam para uma descida dos actuais 57 milhões de habitantes
na Itália para 41 milhões, no ano 2050. A actual taxa de nascimento
italiana é uma das mais baixas do mundo.
D'Alema, ele próprio pai de duas crianças, afirmou: "As estatísticas são,
por vezes, decepcionantes. Nós somos um país que economicamente cresce
menos do que a média europeia, mas também estamos no topo dos índices do
rendimento per capita. Isto porque nós temos menos bebés. Isto torna-nos
um país mais velho, rico mas também mais egoísta".
A Itália tem 9,1 nascimentos por cada mil habitantes, a Alemanha 9,3 e a
Espanha 9,4. A Irlanda está no topo da lista com 14,3 nascimentos.
in Público, 16 Fev 2000
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