Mensagem
8 de Março - Dia Internacional
da Mulher
A APFN gostaria de enviar, nesta data, uma carta a
todas as Mulheres… Mas consciente de que por trás das características
físicas e psicológicas que as podem unir e tornar mais ou menos
parecidas entre si, existe sempre uma Mulher única e irrepetível,
merecedora de uma carta igualmente pessoal e diferente, a APFN
limitar-se-á apenas a evocar aqui, em jeito de simples homenagem, e de
um modo muito especial :
1. Toda a Mulher que nunca é notícia no seu papel
“apagado” de simples mulher-casada , mulher-mãe e mulher-dona de casa;
2. Toda a Mulher que se esforça diariamente por
conciliar a sua vida profissional com a sua vida familiar, sabendo
inclusivamente - quando necessário – dar o primeiro lugar à família, em
defesa da sua estabilidade e acom-panhamento;
3. Toda a Mulher que, por não se enquadrar
fisicamente nos modelos considerados mais atraentes e modernos, se sente
muitas vezes sozinha, abandonada, desprezada e ridicularizada;
4. Toda a Mulher que, por não ter tido acesso à
cultura ou aos bens materiais, e apesar do seu valor como Pessoa, se
sente injustamente menos válida e menos apreciada;
5. Toda a Mulher que, pela sua cor, idade, estado,
profissão, nacionalidade, religião ou educação, se sente discriminada;
6. Toda a Mulher que, sozinha e por seu único
esforço pessoal e pelo seu trabalho digno - por mais humilde que seja!-
luta pela sobrevivência própria e pela dos seus filhos - quando os tem -
sem que para tal se sujeite alguma vez, a vender o seu corpo;
7. Toda a Mulher, casada ou não, que luta pela
dignificação do seu papel na sociedade, nos vários campos do mundo da
cultura, contra os vários conceitos e estereótipos da mulher - objecto
decorativo e descartável;
8. Toda a Mulher que generosamente se esforça por
defender a Família - a sua e a dos outros - como uma relação estável e
duradoura, alegre e aberta à vida, consciente de que a Família – contra
todos os ventos e marés - continua a ser um Grande Projecto de Amor, um
compromisso livre e voluntário, uma entrega certamente com riscos, mas
sem limites e capaz de preencher e dar sentido à vida inteira;
9. Toda a Mulher que apesar de usada e abusada, de
muitas e degradantes maneiras, luta por sair da crise em que se vê
afundada, qualquer que ela seja, ciente de que por muito que custe é
sempre possível voltar a erguer a cabeça e encontrar uma mão
desinteressada e amiga;
10. Toda a Mulher, em qualquer parte do mundo, que
reconhecendo muito embora, a necessidade de homens e mulheres se
compreenderem e respeitarem, se preocupa por apoiar solidariamente
outras mulheres, em especial as mais fragilizadas e carenciadas, e
defender o seu tratamento em igualdade de direitos com os homens.
A APFN
homenageia e saúda com amizade todas estas Mulheres, recordando em
particular, num mundo em crise e neste nosso País e nesta nossa Europa
tão envelhecidos, que a Maternidade é um seu direito inalienável e um
tesouro único!
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